Top 7 Brucutus que Cruzaram Gêneros com Schwarzenegger

Quando se pensa em Arnold Schwarzenegger, a primeira imagem que vem à cabeça é a de um homem gigante, musculoso, explodindo tudo ao redor. E, claro, isso faz parte do legado do ator. Mas limitar Arnold ao gênero de ação é injusto. Ao longo de sua carreira, ele se arriscou — e muitas vezes mandou bem — em diversos gêneros. E o melhor: sem nunca deixar de ser o brucutu que a gente ama. Neste top 7, vamos relembrar alguns dos seus melhores filmes, onde ele encara desafios que vão além de pancadaria e tiros. Tem comédia, tem ficção científica, terror, fantasia… e uma surpresa no final.
1. Conan, o Bárbaro (1982)
Muito antes de Game of Thrones, o cinema já tinha seu guerreiro musculoso, selvagem e carismático: Conan. E foi com esse papel que Schwarzenegger mostrou ao mundo que não precisava falar muito para ser marcante. Conan, o Bárbaro é uma fantasia crua, brutal e épica. O roteiro é simples, quase mitológico. E a direção aposta mais em imagens poderosas do que em longos diálogos. Isso favorece Arnold. Ele interpreta um homem movido por vingança, sobrevivência e força bruta. A construção do personagem é feita nos detalhes. Em olhares, lutas, treinos e rituais. O mundo apresentado é violento e misterioso. E Arnold se encaixa perfeitamente nesse cenário. Ele é Conan em cada fibra. Uma atuação que, mesmo sem tantas falas, carrega o filme com intensidade e presença.
2. O Sobrevivente (1987)
Para fechar a lista, escolhi um filme que talvez passe despercebido por alguns: O Sobrevivente (The Running Man). Aqui, Arnold estrela um suspense distópico com crítica social, baseado no livro de Stephen King. O cenário é um futuro onde presos são jogados num programa de TV violento, em que precisam sobreviver a caçadores assassinos. E tudo isso é transmitido como entretenimento. A crítica à sociedade do espetáculo é clara. O roteiro bate forte na manipulação da mídia e na desumanização do povo. Mas sem perder a mão do entretenimento. Arnold interpreta um homem inocente, jogado nesse sistema, que vira herói ao lutar contra o próprio programa. E, mais uma vez, sua presença física transforma a narrativa. O filme é exagerado, sim. Mas também é inteligente. E prova que até um brucutu pode carregar um filme com mensagem.
3. O Predador (1987)
Entre tiros e explosões, O Predador entrega algo que poucos filmes de ação oferecem: medo. E é aí que ele cruza a linha do terror. Aqui, Schwarzenegger é o líder de um grupo de elite que cai numa armadilha mortal no meio da selva. O inimigo? Uma criatura invisível, inteligente, alienígena e completamente brutal. Ou seja, é a definição perfeita de “caçador supremo”. O filme é tenso do início ao fim. E mesmo com toda sua força física, o personagem de Arnold vai perdendo aliados, um a um, até ter que enfrentar o monstro sozinho. O que impressiona é como o filme sustenta o clima de ameaça constante. O medo cresce. E o silêncio da floresta vira quase um personagem. Arnold segura tudo com maestria. Seu embate final com o predador é puro instinto, força e estratégia.
4. O Vingador do Futuro (1990)
Falar de Arnold em ficção científica é lembrar de O Exterminador. Mas há outro título que merece tanto destaque quanto: O Vingador do Futuro. Aqui, Arnold vive um homem comum (ou quase isso) que começa a questionar sua própria identidade. O roteiro, baseado em uma história de Philip K. Dick, é uma verdadeira viagem. Literalmente. O protagonista embarca numa realidade distorcida, onde tudo pode ser mentira. Memórias falsas, conspirações interplanetárias e mutantes entram na mistura. O mais legal é que o filme não perde tempo com enrolação. Ele começa no soco e só acelera. E mesmo com tanta ação, há espaço para a dúvida, a tensão e a paranoia. Arnold está excelente como esse homem confuso, mas implacável. Ele enfrenta desafios físicos e mentais. E mesmo com toda a brutalidade, conseguimos sentir a dúvida interna do personagem. Um brucutu pensante? Sim, senhor.
5. O Último Grande Herói (1993)
O Último Grande Herói é um dos filmes mais injustiçados da carreira de Arnold. Misturando comédia, ação e metalinguagem, ele brinca com o próprio estereótipo de “brucutu de cinema”. E faz isso de forma ousada e criativa. Na trama, um garoto comum é transportado para dentro de um filme de ação estrelado por Jack Slater — o herói vivido por Arnold. Lá, tudo é absurdo. Balas não acertam, vilões são caricatos, e explosões acontecem sem motivo. Mas o caos só aumenta quando o vilão do filme atravessa para o mundo real. O que torna o filme especial é o quanto ele ri de si mesmo. Arnold ironiza os clichês do gênero, mas também celebra cada um deles. É divertido, exagerado, mas também inteligente. E mostra que o brucutu sabe rir da própria imagem. Mesmo sendo um super-herói no cinema, ele precisa encarar a realidade. E essa mistura rende um filme único, que merece mais reconhecimento.
6. Herói de Brinquedo (1996)
Quem diria que o brutamontes de O Exterminador do Futuro funcionaria tão bem em uma comédia natalina? Mas Herói de Brinquedo é exatamente isso: uma comédia leve, meio absurda, mas muito divertida. E grande parte disso vem do carisma de Arnold. No filme, ele interpreta um pai ausente que tenta compensar o erro correndo atrás do brinquedo mais disputado do Natal. O problema? Todos querem o mesmo brinquedo. A premissa é simples, mas a execução é hilária. Schwarzenegger se joga de cabeça nas situações mais ridículas. Ele briga com outros pais, corre de polícia, se veste de super-herói, tudo para agradar o filho. E mesmo sendo um tanque humano, ele passa uma energia cômica genuína. O contraste entre sua aparência e a natureza “boba” da história funciona. E isso mostra que, com a direção certa, Arnold também pode fazer rir.
7. Efeito Colateral (2002)
Arnold já enfrentou aliens, deuses e robôs. Mas em Efeito Colateral, ele encara algo mais real: o terrorismo. Aqui, ele interpreta um bombeiro que perde a família em um atentado. A dor é profunda. E a justiça parece fora de alcance. Mas como todo bom brucutu, ele não aceita isso parado. O personagem embarca numa jornada pessoal de vingança. No meio do caminho, ele enfrenta agentes da CIA, guerrilheiros e suas próprias emoções. Diferente do habitual, Arnold está mais contido. Ainda forte, mas mais humano. O filme tenta equilibrar ação com drama. E surpreende. Há momentos de silêncio, de reflexão, de perda. Claro, também há explosões. Mas o foco é outro: é a jornada de um homem comum, impulsionado pela dor. Arnold entrega uma atuação sólida, com intensidade e emoção. É o tipo de filme que prova que ele consegue segurar uma trama mais séria — sem perder a essência brucutu que o consagrou.
Conclusão: muito mais que músculos
Arnold Schwarzenegger fez história no cinema como ícone da ação. Mas essa lista prova que ele foi além. Comédia, ficção, terror, fantasia e até crítica social: ele transitou por todos esses gêneros sem perder sua essência. O segredo? Carisma. Arnold tem uma presença que domina a tela. Ele entende seus limites, mas também sabe como transformá-los em pontos fortes. No fim das contas, é por isso que ele continua sendo um dos maiores nomes do cinema pop. Porque mesmo quando troca as armas por um presente de Natal, ou uma espada por um programa de TV, ele segue sendo o mesmo brucutu de sempre — só que com muito mais versatilidade.

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