Electric State divertido e esquecível

The Electric State: Entre a Genialidade e a Mediocridade
The Electric State, o mais recente lançamento da Netflix, dirigido pelos irmãos Russo e estrelado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt, tem gerado debates acalorados. Com um orçamento impressionante de US$ 320 milhões, as expectativas eram altas. No entanto, apesar de alguns pontos positivos, o filme apresenta falhas que o tornam, em muitos aspectos, genérico e decepcionante.
Problemas Visuais e Ambientação Monótona
Uma das críticas mais recorrentes refere-se ao design dos robôs. Em vez de apresentarem características marcantes, eles possuem visuais preguiçosos e sem personalidade, tornando-se facilmente esquecíveis. Além disso, a paleta de cores de baixa saturação ao longo de todas as cenas contribui para uma atmosfera monótona, que não cativa o espectador. A ausência de figurantes humanos em diversas sequências também é notável, resultando em um mundo que parece vazio e sem vida. Esses aspectos visuais comprometem a imersão e a autenticidade do universo apresentado.
Atuações Derivativas e Direção Questionável
As performances dos atores principais deixam a desejar. Millie e Chris entregam atuações que remetem a personagens de trabalhos anteriores, faltando originalidade e profundidade. Essa falta de inovação nas interpretações sugere uma direção pouco inspirada, que não conseguiu extrair o melhor do elenco. Consequentemente, os personagens tornam-se previsíveis e pouco envolventes, prejudicando a conexão emocional com o público.
Pontos Positivos: Roteiro Ágil e Personagem Carismático
Apesar das falhas, The Electric State possui méritos. O argumento do roteiro é interessante e aborda temas relevantes, como a relação entre humanos e tecnologia. A narrativa é contada de forma ágil, mantendo um ritmo que prende a atenção. Além disso, o robô Herman destaca-se como um personagem divertido e carismático, trazendo momentos de leveza e humor ao filme. Sua presença adiciona uma camada de empatia à história, equilibrando as deficiências das demais atuações.
Conclusão: Uma Oportunidade Perdida
Em suma, The Electric State é uma produção ambígua. Enquanto o roteiro e alguns elementos específicos, como o personagem Herman, oferecem potencial, a execução visual e as atuações deixam a desejar. O resultado é um filme que, apesar de alguns pontos positivos, acaba se perdendo em meio a clichês e escolhas estéticas questionáveis, não correspondendo ao investimento e às expectativas geradas.

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