Lúcifer, uma Estrela em Declínio

(SEM spoiler) ⭐⭐⭐
Lúcifer, sim, o filho pródigo de Deus que se torna o Senhor do Inferno, que havia sido condenado por seu pai, se cansa da vida demoníaca que leva no subterrâneo e decide se mudar para Los Angeles. Lá, ele passa a ajudar a detetive local a cercar e punir malfeitores.
Um mote interessantíssimo, principalmente para os fãs dos quadrinhos do Neil Gaiman ou até mesmo do Mike Carey, que mesmo sendo enlatado no melhor estilo série americana com o caso da semana, ainda começa de forma fantástica, abordando como o diabo lida com sua possível mortalidade e seus sentimentos recém descobertos por Chloe Decker, uma bela detetive da cidade. A cada episódio, enquanto seguimos as resoluções dos casos, seguimos conferindo como Lúcifer consegui ver ligações e possíveis soluções para os próprios problemas emocionais em cada vítima ou assassino que encontra, nos mostrando aos poucos a sua história pregressa. Os personagens foram levemente inspirados nos quadrinhos, mas repaginados e também reescritos, mas por sorte em sua maioria, entregues a atores com razoável talento e bom carisma. Temos personagens novos, ligados diretamente a trama da série, que em nada tem a haver com os arcos dos quadrinhos, mas que representa uma boa adaptação para o novo formato da mídia.
A série se sustenta muito através da atuação e boa interação entre os atores principais, Tom Ellis (Lúcifer) e Lauren German (Chloe), bem como no desenrolar da trama principal entre Lúcifer e sua família. Como menção honrosa, alguns dos coadjuvantes são interpretados por bons atores, como Lesley-Ann Brandt (Mazikeen), D. B. Woodside (Amenadiel) e Kevin Alejandro (Dan), que começam bem e aos poucos seguem sendo deixados de lado. Infelizmente, o que começa bem na primeira temporada, acaba se arrastando por episódios demais e a cada nova temporada, começa a se perder mais e mais, até ser cancelada e rapidamente retornar em outro canal, a Netflix.

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